quarta-feira, 22 de outubro de 2008

SAIDA PARA COCHABAMBA

Saimos cedo, a tica foi trabalhar e eu fui sacar algumas fotos, acabei indo ao museu do Che e o guia cobrou B$20 para me levar no tumulo do Che e seus companheiros, falou que era 1km mas andamos muito, creio que o km aqui è maior que o nosso, fomos andando e quando chegou era uma especie de mausoléu gigante com a foto dele na frente e no jardim dizendo `Che Vive´, muito bacana. Voltamos e encontrei a Emilene na praca para pegar o taxi para Comarapa por B$ 75 para cada, o taxista lokao a 100kmh em umas estradas de terra e pedra, nas curvas o taxi chegava a rabiar varias vezes derrepente o cara para, o que passa, pergunta a tica, o taxista tinha recebido uma mensagem no celular e iria responder , è mole , derrepente um bloqueio, estavam aarrumando a estrada ficamos parados por 30 min., quando abriu, o cara saiu rasgando atras de uma pajero 4x4 que estava na frente, puta merda agora agente morre !, nao e que o cara passou a pajero, comemos tanta terra, logo depois uma estrada de uma mao e na frente um trator enorme vindo em nossa direcao e quando estava proximo o taxista comecou a dar ré, e quando chegou bem perto o tratorista virou o volante e subiu em um monte de terra, nesta até o taxista tremeu, foram 2h30 de super emocoes parecendo um rally dos sertoes, quando chegamos foi um alivio, mas foi por pouco tempo, pq a informacao estava errada e em Comarapa nao tem onibus para Sucre, me despedi da Tica, pois ela iria trabalhar na cidade, tive que pegar um outro taxi para Palizada um povoado que vive da agricultura e nao deve ter mais de 20 casas, onde passa o bus e um trevo que tem um barzinho bem rustico que nao tem nem geladeira, o senhor que era dono nao via uma vassoura a uns 20 anos, um pó e uma sujeira que dava medo de entrar, tipo aqueles bares de faroeste que vimos em filmes de faroeste, ele me serviu um suco em garrafa e comecou a se barbear usando um retrovisor como espelho, e me falou que o busao iria passar depois das 10h00 da noite e claro que lotado, teria que ir em pé até sucre imagina 6h00 de viagem na madrugada em pé, logo entra um senhor que pede um refresco e comeca a conversar , eu entendia somente a metade do que falava, pois tinha um castelhano muito arrastado, e logico voltei para Comarapa, imagina Eu em um lugar que nem luz deve ter a beira de umas estrada em lugar nenhum esperando um bus que nem sei se vai chegar.

Fiquei aguardando no hotel até as 19h00 a Emilene voltar para ver se ela ia embora ou ia ficar mais uma noite, enquanto esperava uma senhorinha senta do meu lado e pergunta de onde eu era, e falei que era do Brasil, e ela perguntou novamente O que é Brasil ? Uau choque cultural na veia , imagina em pleno 2008 a pessoa nao tem ideia que existe outro lugar a nao ser onde ela vive, A Tica nao apareceu e Eu fui pegar um bus para Cochabamba que era o lugar mais proximo o outro bus iria para Santa Cruz, mais uma aventura.

O onibus cheio de campesinos ou melhor indigenas , os caras nao viam um chuveiro a meses, creio que nem chuveiro eles conhecem, um cheiro horrivel e bem do meu lado o cara estava com um cobertor que eu acho que era pele de gamba, o onibus ia parando a cada hora para as pessoas descerem para urinar, quando eu era garoto uma pessoa me disse que na Bolivia as mulheres se agachavam com suas saias e faziam suas necessidades na rua mesmo, e Eu nao acreditei, agora, depis de 20 anos eu vejo que é verdade, fiquei abismado quando uma senhora do meu lado se abaixar e urinar ali mesmo, nao sei nem o que comentar porque para mim foi um choque de cultura muito forte, nao sei se isso é certo ou nao, mas higienico nao é !

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