domingo, 13 de maio de 2007

PUERTO NATALES - CHILE

13/05 – domingo
Fomos desmontar a barraca por volta das 6h30 ainda escuro e a capa estava completamente congelada e dura, tivemos que tirar e deixa-la um pouco pendurada no refugio para depois dobrar, arrumamos tudo e começamos o final da jornada rumo a administração do parque onde a van ia nos pegar às 13h00, foram 5h00 de caminhada em uma planice cheio de mato seco e cavalos, chegamos as 12h30. Pegamos a Van às 13h00 com uma Americana e um Japonês que acho que não toma banho a uns 2 meses, chegamos na hospedagem as 17h00 e fomos procurar um restaurante que estávamos morrendo de fome, também quatro dias comendo pasta, atum e bolacha, achamos uma pizzaria e pedimos 2 pizzas e conversávamos sobre o parque e chegamos a conclusão que foi um dos melhores trekkings da minha vida, não pelas fotos, mas pela experiência de vida que o lugar nos proporciona, lá você da mais valor a natureza, clima, a você e as suas coisas como minha cama, casa, a família que tenho, apreende a agradecer por tudo que temos e que vamos ter que muitas vezes não damos valor, nunca pensei tanto na comida da minha mãe, no teto da minha casa, no sol do Brasil, temos que passar por extremos para aprendermos a agradecer, coisa que a Seicho-No-IE ensina, mas nem sempre aplicamos em nosso dia-a-dia, Valeu pela viagem, pelo trekking, e pela experiência e valeu pela companhia do Curro o espanhol que me acompanhou nesse trekking, ele é Executivo de uma grande empresa em Barcelona e não precisava estar ali passando frio, fome e diversidades, mas estava se provando a cada minuto, aprendi muito com ele, pois contava sobre a historia da Espanha e lógico aprendi um pouco mais de castelhano, é uma troca de informações muito grande !


12/05 – sábado
Levantamos e fomos direto montar a barraca na zona de camping P$2500 por pessoa e deixamos as coisas e fomos para trilha, subimos até o acampamento Los Guardas 5h30 de subida e mais o mesmo de descida, foi o melhor dia, pois passamos por lugares lindos como a Laguna Los Patos, Lago Grey, Sendero Grey e o Glaciar Grey (que faz parte do Campo de Gelo Patagónico Sul que pega parte do Chile e Argentina), um lugar fantástico. Chegamos ao Refugio Pehoé e fomos direto para a cozinha onde preparamos uma sopa e também pasta que estávamos morrendo de fome, fomos para a barraca com um frio terrível, foi a pior noite, estamos com sacos de dormir –40ºc e mesmo assim sentindo frio, ainda bem que não estava ventando se não agüentaríamos ficar ali.


11/05 - sexta-feira
Saímos as 07h30 rumo ao acampamento italiano 2h30 de um trekking razoável, deixamos as coisas penduradas em uma arvore e começamos a subir até depois do Acampamento Britânico 3h30 de subida e tínhamos que ir rápido, pois ainda iríamos para o Refugio Pehoé que seria mais 2h00 de caminhada do Acampamento Italiano até lá. Neste dia foi terrível, acho que o pior dos dias, o trekking foi por volta de 11h00 subindo e descendo montanhas, chegamos ao Refugio Pehoé por volta das 07h30 em meio à escuridão e é punk andar em trilhas no meio da noite com uma lanterninha, é pedir para se machucar, mas graças a Deus chegamos bem e exaustos e não pensamos 2 vezes em pedir uma cama P$10.000(US$20) uma facada por um beliche e um colchão, mas é o único lugar que estava aberto no parque. No refugio encontramos Escoceses, Franceses, Americanos, Canadenses e pessoas de todo mundo, fizemos uma pasta e bebemos uma cerveja (Austral) a melhor cerveja da minhavida, tomei um belo banho de uns 40min e fomos dormir.




10/05 - quinta-feira
Acordamos e começamos a subir (são 2h00 de subida em meio a rio, flores e muita neve) e nestas 2h00 choveu, nevou, frio e sol é incrível a mudança do clima e fomos até a base das torres, mas não conseguimos vê-las o nevoeiro encobria tudo (que pena), descemos para desmontar o acampamento e lá se foi mais 2h00, pois a descida estava muito perigosa com muito gelo e neve, desmontamos o acampamento em baixo de chuva e seguimos rumo ao acampamento Los Cuernos que fica às 6hs e também não conseguiríamos chegar ao acampamento Italiano, pois já estava muito tarde e um irlandês que encontramos tinha falado que estava sujo e com ratos, o caminho foi muito puxado e cansativo, já tínhamos andado 4h00 e mais 6h00 rápido para chegar no acampamento antes de anoitecer, mas chegamos já havia escurecido e um lugar no meio do mato com ratos, chegamos tão cansados que montamos o acampamento, deitamos e dormimos sem comer nada.


09/05 - quarta-feira
Pegamos a van por volta da 08h00 e chegamos ao parque por volta das 10h30, nos registramos na portaria e começamos o trekking Circuito W, chegando próximo a Hosteria Las Torres resolvemos acampar no Camping Chileno para ficarmos mais próximos das Torres, uma subida muito forte ainda com mochila pesada nas costas foi um sofrimento, chegamos ao camping embaixo de chuva e armamos a barraca, e pelo tempo não teria como chegar a base das torres neste dia ficamos no camping mesmo. Anoite fomos fazer um macarrão em que foi muito sofrido, estava muito frio e muito vento e demoramos mais de uma hora para esquentar a água, fomos dormir, mas estava muito vento e parecia que a barraca ia voar.



08/05 - terça-feira
Às 08h00 peguei o ônibus para Puerto Natales e conheci um Israelence e um Espanhol, na minha frente havia um casa com uma menina de um 1 ano e meio e um garoto com uns 12 anos de idade que veio ensinado o Israelence algumas palavras em espanhol, e certa hora da viagem a mãe das crianças recebeu uma ligação e começa a gritar “No, No, No, Mia Hija, mataram mia hija!” e chorava sem parar , foi punk, vi que o garoto estava segurando o choro, como um homem que a sociedade impõem que seja, ainda bem que estávamos próximos de chegar porque estavam todos perplexos com a situação. Chegando uma senhora nos ofereceu uma hospedagem por P$ 3500, o local é muito grande com quartos enormes o nome é Maria José que fica na Calle Esmeralda, e ela tem ônibus para Torres Del Paine, fiquei no mesmo quarto do espanhol e combinamos em ir juntos a Torres Del Paine e fomos atraz de alugar equipamentos e tirar dinheiro, saímos fomos ao banco e depois ao restaurante e depois ele voltou a hospedagem e eu fui gravar um CD e comprar uma luva porque perdi a minha em El Chaltén, encontrei na rua uma tica (doida e grávida) que me perguntou se não precisava de ajuda e respondi que estava procurando uma guante (luva) e ela me levou em umas 5 lojas e me falou que adora a língua portuguesa, mas tem dificuldade nos acentos e me mostrou também onde alugar equipamentos, agradeci e fui procurar o espanhol para ir alugar os equipamento, alugamos 1 barraca Northface, 2 sacos de dormir de pluma –40º, 2 isolantes térmicos, 1 cozinha e 1 bastão para caminhada, ficou P$15.000 por dia, compramos a passagem ao parque Torres Del Paine por P$15.000, e a entrada do parque por P$8.000, uma verdadeira facada em falando de América do Sul , pois em 4 a 5 dias você gasta por volta de US$200 para acampar.

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